26/10/2023

CENAS DO COTIDIANO (iii)

Esta seção deve sempre trazer impressões do cotidiano, até vivências banais. Mas desta vez, excepcionalmente, há um pouco de filosofia, digamos.

MUDEI O TÍTULO DE "JANELA DISCRETA" PARA "CENAS DO COTIDIANO"

Temas
● As árvores são acolhedoras
● Os filhos são caros (R$)?


Ap
enas dando uma olhada discreta...

 










AS ÁRVORES SÃO ACOLHEDORAS
Recebi essas impressões, descansando sob uma amoreira e ameixeira aqui no meu quintal.



...um chamado silencioso, esse sentido de acolhimento que retribuem elas (as árvores), aos cuidados que recebem.




 


Mas, tenho que dar um crédito a uma reflexão do filósofo Nietzsche de quem não gosto muito embora dele só tenha lidos apenas dois livros. Dia desses vou tentar ler mais um qualquer...

Então, no "facebook" um membro divulgou do filósofo, a frase seguinte:

"Nós nos sentimos bem em meio à natureza porque ela não nos julga".

Não nos julga?

Há muito tempo, em Manaus, passando por lá, constatei que os compromissos à tarde eram marcados ou antes ou depois das chuvas.

Agora, o Amazonas sofre seca nunca vista. Os rios secam. A fumaça das queimadas sufoca. A floresta vai sendo exterminada. As temperaturas se elevam no planeta. “A culpa é do el nino”...

Se a natureza não nos julga (aí as árvores) ela reage severamente não por vingança, mas porque ela compõe o essencial do planeta e não consegue se recuperar a tempo.

As crises atuais, que se agravam e a continuar esse estágio de irresponsabilidade antiambiental pode levar a um colapso inimaginável.

Então, a despeito dessas minhas ponderações, num dado momento, sob as minhas árvores que florescem sadias, recebi um chamado silencioso, esse sentido de acolhimento que retribuem elas, aos cuidados que recebem.


OS FILHOS SÃO CAROS (R$)? 

Dois filósofos, chamemo-los assim, que vivem na mídia disseram que um casal ter filhos será muito oneroso, para  vida toda.
Um deles sei que não tem e provavelmente não terá filhos.
Então ironizei naquele meu jeito de ironizar: "talvez ambos, se mirando no espelho, pensando nos seus pais, estejam fazendo uma autocrítica".
Pois bem, aqui em Piracicaba, há o Parque da Rua dos Porto, uma área de lazer, de caminhadas e tem até o quiosque da Biblioteca Pública "em público". Já falei desse quiosque já emprestei MUITOS livros e ainda tenho de lá, uma pilha pendente de leitura.
Nesse Parque há uma área de lazer também para os cachorros de estimação, tudo arrumadinho para o conforto dos estimados de quatro patas.




Área de lazer dos cachorros no Parque da Rua do Porto - Piracicaba








E, então, eu até já disse sobre isso: eu tenho observado casais não só de idosos, de meia idade e também jovens segurando a cordinha de seus cãezinhos e alguns até soltos... 
Onde estão os bebês em passeio nos seus carrinhos? 
Calculo cinco cachorrinhos para um bebê, minha estatística no "olhômetro".
Claro que os cachorros não dão o trabalho de um filho e, exigem pouco e vivem quanto, 15 anos?
Se maltratados eles voltam e lambem a mão do agressor.
Dia desses ouvi de uma palestrante espírita que os cachorros, principalmente os vira-latas, que no seu amor conseguem atrair para si um pouco das preocupações de seus donos, de suas angústias...

Não pelo que disseram os filósofos referidos, mas eu tenho refletido muito nestes novos tempos de celulares, de meios de comunicação e de mudança de vida de milhões de pessoas. 
Nestes tempos incertos.
E, nesse meio, o conforto e a despreocupação em alimentar apenas um cachorrinho e não um bebê pensando no futuro.
Que futuro?