(V. texto no final sobre rodeios)
PAIXÕES NO TEMPO
Como são fortes, candentes
Os primeiros amores,
Ardentes
Marcam n’ alma
Lembranças tênues
Calmas
O momento mágico
Musicado, apaixonado
Nostálgico
Os amores passados,
São adocicados
Calados
A imagem constante
Um rosto jovem
Distante
A primeira namorada
Dúvida amarga
Amada.
MELHOR TEMPO
Qual, pois, o melhor tempo...
Estes de hoje
Tecnológicos, metálicos,
Úteis, soberbos
Televisivos...aborrecidos
Poluídos
Amargurados
Dos terrores e humores
Estremecidos?
Ou aqueloutros, de antes
Criativos
Ritmos (de vida)
(Mais) confiáveis,
Serenos,
Rimas e poesias
Amáveis?
Respondo: é de cada um
Para mim, de coração,
não há saudades do hoje
Só do ontem até longínquo:
dos meus amores
enternecidos
alegrias, tristezas
levezas...
De tudo
Da vida indo
Até chegar ao agora
Com uma dose de angústia
Do que vi, vivi e vai indo
Embora.
LUA, LUAR
Os primeiros amores,
Ardentes
Marcam n’ alma
Lembranças tênues
Calmas
O momento mágico
Musicado, apaixonado
Nostálgico
Os amores passados,
São adocicados
Calados
A imagem constante
Um rosto jovem
Distante
A primeira namorada
Dúvida amarga
Amada.
MELHOR TEMPO
Qual, pois, o melhor tempo...
Estes de hoje
Tecnológicos, metálicos,
Úteis, soberbos
Televisivos...aborrecidos
Poluídos
Amargurados
Dos terrores e humores
Estremecidos?
Ou aqueloutros, de antes
Criativos
Ritmos (de vida)
(Mais) confiáveis,
Serenos,
Rimas e poesias
Amáveis?
Respondo: é de cada um
Para mim, de coração,
não há saudades do hoje
Só do ontem até longínquo:
dos meus amores
enternecidos
alegrias, tristezas
levezas...
De tudo
Da vida indo
Até chegar ao agora
Com uma dose de angústia
Do que vi, vivi e vai indo
Embora.
LUA, LUAR
Brilho tépido, candente, o luar
Obriga-me a desfrutar do seu momento
Da graça, do amor e da nostalgia
Convida-me a olhar para fora do que sou
Indago assim inspirado o que há além
Sua luz não esconde os piscares infinitos
Da Terra aprisionado estou o bastante
O peso do meu tempo, bem sei, não permite,
Tocar na sua fronte, tão perto e tão distante.
Fotos de Milton Pimentel Martins
RODEIOS
Não falo de poesia, mas da estupidez humana.
Estamos “acostumados” com os maus tratos aos animais. Mas, se tem espetáculo sórdido são os que usam animais para o divertimento público, como são as touradas e os rodeios, entre outros. Há até caçadores que organizam “safaris safados” para abater animais em extinção.
Os rodeios se popularizaram no Brasil. Todos sabem que para obter a reação dos animais (touros) a sua genitália é pressionada causando-lhes dor e desespero. Esses falsos vaqueiros covardes sobre eles montam devendo ficar equilibrados por oito segundos enquanto eles (os animais) reagem com saltos intensos.
O rodeio de Barretos e o mais conhecido e o mais torpe.
A despeito dessa crueldade permanente, houve alguma reação oficial (do MP de Barretos) ao saber que um bezerro “ficou paralítico depois que um peão saltou sobre ele para completar a prova chamada bulldog, que visa a imobilizar o animal no menor tempo possível”. (1)
Por conta desse incidente, o Ministério Público está abrindo inquérito civil para apurar responsabilidades pelos indícios de maus-tratos, até porque o animal, com 18 meses de vida, tal a lesão, teve que ser sacrificado.
Ora, e esse vergonhoso rodeio de Barretos já não significa no seu todo, maus-tratos aos animais?
Eu não vejo em que, salvo o vil metal que circula – e por sua conta essa crueldade é aceita como “normal” -, como uma “festa” dessas pode honrar o nome de uma cidade ou qualquer outra que se vale dessa prática covarde.
Abaixo os rodeios, abaixo a covardia!
(1) “O Estado de São Paulo” de 23.08.2011