21/10/2012

ÁRVORES, O QUANTO QUERO


                

O Facebook tem se prestado muito a que seus alinhados mostrem seus méritos, fotos de momentos inesquecíveis e tudo o mais... e até mensagens de cunho “moral”, de autoajuda, piadas, charges.
Prefiro colocar histórias singelas sobre árvores neste “Temas”, porque mais duradouro ainda que a crônica, predominantemente fotográfica, possa não desperte muito interesse. Corro o risco.
Afinal, há crônicas antigas que publiquei aqui que não há dia que não sejam acessadas enquanto outras, até de minha preferência, tem acessos casuais.
Nesta crônica, falo de amoreira, mangueira plantada em solo de pedra, pé de atemoia, coqueiro gigante, ipê roxo, áreas verdes... e aventuras que se perderam.

Amoreira e atemoia e decorrências 


No quintal aí está a amoreira que se expandiu de modo inesperado. A muda quando plantada tinha não mais do que 60 cm num solo rui, com muita pedra.  Agora, sua copa e enorme e caibo “dentro” dela. E amora aos borbotões. Os pássaros deixam por todo parte borrões roxos por dela se alimentarem.

Atemoia: 



Ao lado da amoreira, um pé de atemoia, que plantei de semente e hoje produz um fruto grande, amanteigado. Se de tamanho grande, sem praga, vale por uma refeição. A praga deixa a fruta seca, preta, como se fosse carvão. Todas elas devem ser colhidas e descartadas. 
A semente foi plantada de modo simples, num saco plástico grosso, com boa terra. A muda logo eclodiu, prosperou e já grandinha foi replantada em local com sol predominante e sombra.

Mangueira que dá manga, "pasto" de abelhas


Essa mangueira também uma muda pequena foi plantada por mim, numa área com pedras e mais pedras.
Com muito esforço porque as pedras entortavam as extremidades da cavadeira consegui abrir pequena cova, alargando-a com espécie de formão. Pus o que pude de material orgânico ao fundo, não acreditando que a tenra mangueira vingasse tal a dureza do terreno.
Mas, o que aconteceu depois de alguns anos?
Ela passou o produzir dúzias e dúzias de manga da melhor qualidade. E num solo de pedras. Em se plantando...
As mangas que caem, porque ela é hoje muito alta, se torna alimentos de abelhas e outros insetos que se deliciam de tal modo com a fruta a ponto de não fugirem quando me aproximo “perigosamente”. Elas abrem túneis sob a casca e por lá ficam por horas.
Ao lado dela, uma ameixeira muito “frequentada” por pássaros que se alimentam das ameixas miúdas mas doces. Plantada também entre as pedras.
Ao fundo, uma pitangueira, “geração espontânea”.

Coqueiro que dá coco 

Este coqueiro, hoje enorme – já falei sobre ele alhures – está plantado em outro local e eu adquiri a muda como se fosse da espécie anã. Mas, não, é da espécie “gigante”. Quando era possível colher os cocos verdes cheguei a contar, numa só vez, 76 unidades. Hoje, espera-se que eles caiam de maduro. Em grande quantidade, eu comecei a doar os excessos. A grossura do seu tronco já me preocupa, porque ele está plantado num canteiro.

Áreas verdes, desleixos e cuidados

Abaixo uma área verde bem nas minhas vizinhanças parte de área maior.
Fora esse terreno usado para depósito de entulho e lixo até que resolvi lhe dar a utilidade para a qual fora reservado. Mantive muitos contatos com a Municipalidade até que, num domingo, resignado servidor mandou um trator que fez a limpeza. Depois, trouxe um pouco de placas de grama e nada mais.

Para sua formação todas as mudas foram plantadas por mim. As covas foram abertas sob chuva deliciosa para aproveitar o terreno mole. Depois, já com as mudas pegas, mais tarde vizinho plantou espécies arbustivas e mudas de pitangueira.


Nesse corredor verde, do outro lado, a beleza de um ipê roxo em plena florada.

problema dessas áreas verdes é que vizinhos ignorantes as usam para “depositar” restos de jardim e até entulho. São incivilidades, num país com mentalidade atrasada onde há um sentido de indiferença e predação.


Tenho feito com as limitações conhecidas, campanhas para o maior aproveitamento da arbustiva hibisco (mimo).
Tem a vantagem de não crescer muito, produzir flores grandes, multicores dando aquele tom de leveza desestressante nesses tempos cinzentos.
Essa planta poderia ser adotada em espaços mais largos entre pistas nas entradas do estado pela mesma razão.
Mas, vá alguém assumir a ideia em meio a essa indiferença e mesmo mentalidade embotada e monocromática “das autoridades competentes”.  Não saem do lugar comum, nem por decreto.


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