09/06/2022

MINI RESENHA AMBIENTAL

MINHA” ÁREA VERDE

Já falei sobre isto: há alguns anos, aqui bem perto de onde moro, há uma “corredor” de áreas verdes que "cortam" no seu final pelo menos três ruas sem saída.

Na do meio mal formada, poucas árvores, há anos, com uma velha piscina de plástico recolhi uma quantidade imensa de pedras e despejei na primeira área, sem árvores - um  depósito de entulho e com as minhas pedras.

Então, comecei gestões até ao aborrecimento na Prefeitura a ponto de, num domingo, ser surpreendido por uma grande motoniveladora que arrastou o entulho e as pedras para um terreno vizinho. Nada de anormal até porque mais tarde ali se construiria uma casa "fechando" a área. 

Com a área limpa, obtive mudas em Americana e num dia de chuva intensa eu as plantei pessoalmente.


Cresceram muito.

Mas, não foi somente essa a minha, digamos, “intervenção” nesse tipo de ação. Talvez tenha influenciado o plantio de ipês, em número razoável, em Águas de São Pedro.


PREDAÇÃO

Hoje, embora as árvores estejam grandes, há ainda a ação de predadores que insistem em “podar” indevidamente e até cortar uma ou outra sem qualquer motivo.

Numa delas deixei até um aviso para que o predador permitisse que a árvore se recuperasse aos primeiros brotos insistentes renascendo. No dia seguinte o aviso estava picado e os brotos arrancados.





Pior se deu com uma muda de bananeira que plantei ali.

Todas as mudas que insistiam em se desenvolver eram pisoteadas.

No exato dia mundial do meio ambiente a última delas foi, também, destruída.

Se fosse permitido que elas (as mudfas) se desenvolvesse, estariam, com forte possibilidade hoje, de estarem com cachos pendurados. Se ninguém aproveitasse os frutos, aproveitariam os passarinhos e os gambas esfomeados porque seu ambiente natural praticamente não existe.

Bananeiras tem algo de “divino”. Numa noite, “explode” no silêncio um coração e, então, o cacho começa a se desenvolver pela manhã.


Um dia, na área verde do meio plantei uma muda de “pau brasil”. Sem entender as razões, uma  semana depois essa muda estava arrancada.


Mas, estou me acostumando com esses desgosto. Há mentes predadoras, indiferentes que não sabem bem o que fazem.

E essa irresponsabilidade tem exemplos de quem dá mau exemplo. O caso do mito da "Amazônia é nossa" que vai sendo tomada pela a grilagem, pela posse ilegal de áreas imensas, desprezo fatal aos indígenas, a derrubada vertiginosa e criminosa das florestas isso tudo está tácita e inconsequentemente autorizado.


FRASES

(De artigos e crônicas que escrevi - neste caso a mais antiga é de 1984)

I

 Enquanto isso, os técnicos, diante dos fenômenos naturais incomuns que se intensificam no mundo todo, costumam achar explicações científicas e racionais concluindo, em outras palavras, que se trata de um capricho da natureza.

● Dessa forma, acima dos cálculos e dos gráficos, latentes e poderosas permanecem as mensagens intuitivas que, silenciosamente, vão nos dando a medida das coisas. E a essas, não é nada coerente ignorarmos.

A natureza age com outras forças. Notem os prognósticos dos meteorologistas, cuja única tarefa é analisar as condições do tempo. Passam horas diante dos seus instrumentos e gráficos e com que frequência erram em suas previsões.

1984

Acessar: O FAZEDOR DE DESERTOS


II

● Entre nós, de muito pouco podemos nos vangloriar. A motosserra trabalha incansavelmente e de modo insano, tanto na Amazônia e no pouco que resta da mata Atlântica, ora para captar madeira nobre, ora para produzir carvão, ora para aumentar pastos, significando nesse caso, que as áreas devastadas ficam a um passo da desertificação.

● Esse efeito também se dá em razão das imensas plantações de grãos, embora seja imperioso preservar áreas verdes nessas plantações de tal ordem a garantir um mínimo de equilíbrio. 

2003

Acessar: UM MUNDO EM DEVASTAÇÃO


III

● Não explico sequer o sabor duma manga.

● Do espocar duma rosa!




Da vida nada sei do essencial.

Acessar: NADA SEI DE ESSENCIAL


IV

● Há uma indagação interessante: as planta rompem com a lei da gravidade ao levar para os altos, quantas vezes por metros acima do solo, sua seiva e eu acrescento, também a água para produzir frutos. São as raízes espécie de bomba d'água? O que dizer, para ficar num exemplo simplório, a frutificação das laranjas e a abundância do seu sumo? 

Acessar: VIDA SECRETA DAS PLANTAS  (Trecho)


V

(Trechos de um artigo transcrito no portal do CPTEC/INPE - 22.09.2010)

As queimadas, provocadas deliberadamente ou não, são as nossas tragédias diárias que se propagam pela incompetência oficial em coibi-las e combatê-las. Dai o agravamento da situação ambiental e a ampliação da desertificação em imensas áreas. 

● O meio ambiente pede ajuda.                                              

"Esquecemo-nos, todavia, de um agente geológico notável – o homem. Este, de fato, não raro reage brutalmente sobre a terra e entre nós, nomeadamente assumiu, em todo o decorrer da história, o papel de um terrível fazedor de desertos. Começou isto por um desastroso legado indígena. Na agricultura primitiva dos silvícolas era instrumento fundamental – o fogo."

● A citação acima, refere-se aos desertos provocados em regiõe diversas antes predominantemente no nordeste com as queimadas praticadas de modo desastroso que, ao longo do tempo, foram devastando imensas áreas de "flora estupenda".

● Não foi ela extraída de algum manual recente de entidade ecológica, entre tantas nacionais e internacionais que criticam a omissão brasileira na questão das queimadas havidas na floresta amazônica. Ela é de autoria de ninguém menos que Euclides da Cunha, ao estudar "a terra" em seu livro "Os Sertões", cuja primeira edição apareceu em 1902.

● Então, já então no início do século passado, demonstrando certa perplexidade e amargura, apontava Euclides o absurdo das queimadas para abrir espaços para a atividade pastoril ou, "ao mesmo tempo o sertanista ganancioso e bravo, em busca do silvícola e do ouro".

● Décadas e décadas se passaram e a prática do fogo continua destruindo desordenadamente as florestas brasileiras, quase que extinguindo a mata atlântica e agora, em proporções assustadoras, vai predando própria selva amazônica e o cerrado.

● É brutal a omissão oficial a essa calamidade, cuja fumaça das queimadas – provocadas ou não - cega transeuntes, fecha aeroportos e dificulta a respiração de crianças, exatamente na região antes conhecida como o "pulmão do mundo", qualificativo que fora um orgulho para nós brasileiros, pelo menos para os que pensam um pouco mais à frente.

● À omissão, aliam-se o absoluto desrespeito à vida, pela natureza e pelo mistério das matas virgens, com as milhares de vidas que sustentam, levadas de roldão, inapelavelmente, pelo fogo.

Acessar: QUEIMADAS E DEVASTAÇÕES



PENSAR? Nem pensar...






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