Não sou de cultuar santos, mas gosto muito de São Francisco de Assis pelo que ele representa: humildade, compaixão, desapego, amor ao próximo, à natureza e aos animais. E a ausência nele do que considero as maiores anti-virtudes humanas: a arrogância e vaidade.
Querido Milton, um lama budista disse que se nos ativermos a um princípio básico, tiraremos a maior parte das complicações de nossas vidas; o princípio é 'o suficiente é suficiente'. A tua reflexão sobre São Francisco de Assis lembrou-me disso. Quem dera eu consiga viver esse princípio, ajudada por você agora e pelo lama no sábado passado...
Querido Milton, um lama budista disse que se nos ativermos a um princípio básico, tiraremos a maior parte das complicações de nossas vidas; o princípio é 'o suficiente é suficiente'. A tua reflexão sobre São Francisco de Assis lembrou-me disso. Quem dera eu consiga viver esse princípio, ajudada por você agora e pelo lama no sábado passado...
Araceli Quem me "sacudiu a estrutura" foi sua mensagem, sobre o "suficiente é o suficiente". Por e-mail eu expliquei os motivos. Tem dia que as coisas não rolam, como nesse último domingo. Grato por suas palavras. MM
Em nome de deuses, Milton, foram feitos infindáveis pactos com demônios... E pagará indeclinavelmente um por um - enquanto objeto filosófico - a humanidade pelos seus desmandos, passo a passo. Quem (sobre)viver, verá...
Se aprovar meu comentário, Milton, digo o seguinte: Achava que o pintor daquele são Francisco era Giotto, mas com certeza vc tem fontes melhores que eu e capuchinho aos avessos não estou mais tão bem informado. Minha formação é franciscana e minha admiração é pelas virtudes conhecidas do santo. São Francisco somente teve a regra da ordem aprovada porque o bispo D. Guido deu uma amenizada, pois não queria nem conventos, mas cabanas para seus frades. Nada possuir, a não ser ferramentas para o trabalho. Depois de beijar os leprosos, que tanto asco lhe vinha, é que se converte ao evangelho de forma completa - relata em sua Vida e Regra. É visceralmente contrário a ser elevado às honras do altar, mas, falecendo, a Igreja o guinda a isso e a ordem passa pelas mãos do frei Elias a ter conventos e ser como outra ordens; pois temia-se que, o movimento franciscano escapasse do controle da Igreja, já que fora de origem pacífica, não-violenta, ao contrário dos Valdenses e outros que apareceram na Europa e na miséria da idade média em que as abadias dominavam sobre os montes os vilões, como bem mostra Umberto Ecco em O nome da rosa. Francisco também desmistifica a farsa das cruzadas, para exportar miseráveis para o oriente e matar pessoas em troca de seus bens, a questão não é libertar lugares santos, mas se apoderar da riqueza dos árabes - como hoje ainda. Por último, na ermida São Damião, fala com o crucifixo e resolve restaurar a "minha igreja", não a de São Damião, mas a farra de homens que põe batinas e hábitos para usufruir dos bens; assim, leva uma vassoura e varre todas as igrejas por onde passa, naquele tempo havia muito pó. É considerado um reformador, como Jesus fora do judaísmo e por muitos é o segundo Cristo. O concílio de Trento aprofunda nas questões da crise da instituição Igreja e entre acertos e erros bem estudados chega a disciplina do celibato e ao estudo para os clérigos; todavia, Francisco já era respeitado até pelos então protestantes. A vida de Francisco, para fins de estudo, são tomados de dois livros católicos, Tomaz de Celano e de um outro autor protestante, donde esses compêndios intermedeiam e compõe uma crítica do que realmente foi Francisco como homem, santo e personagem. Sem dúvida, Milton, um santo e de segura inspiração para a santidade. Considero-o meu pai Francisco e pouco dos que me vejam hão de se admirar disso, pois em nada lhe pareço. Grato, Martins pelas postagens. Seu blog é impecável, colorido, bonito, de um verde refrescante e textos para se ir revendo e aprendendo.
6 comentários:
Caro Milton
Não sou de cultuar santos, mas gosto muito de São Francisco de Assis pelo que ele representa: humildade, compaixão, desapego, amor ao próximo, à natureza e aos animais. E a ausência nele do que considero as maiores anti-virtudes humanas: a arrogância e vaidade.
abrs e parabéns pelo texto
Ivana Negri
Querido Milton,
um lama budista disse que se nos ativermos a um princípio básico, tiraremos a maior parte das complicações de nossas vidas; o princípio é 'o suficiente é suficiente'. A tua reflexão sobre São Francisco de Assis lembrou-me disso. Quem dera eu consiga viver esse princípio, ajudada por você agora e pelo lama no sábado passado...
Querido Milton,
um lama budista disse que se nos ativermos a um princípio básico, tiraremos a maior parte das complicações de nossas vidas; o princípio é 'o suficiente é suficiente'. A tua reflexão sobre São Francisco de Assis lembrou-me disso. Quem dera eu consiga viver esse princípio, ajudada por você agora e pelo lama no sábado passado...
Araceli
Quem me "sacudiu a estrutura" foi sua mensagem, sobre o "suficiente é o suficiente". Por e-mail eu expliquei os motivos. Tem dia que as coisas não rolam, como nesse último domingo. Grato por suas palavras. MM
Em nome de deuses, Milton, foram feitos infindáveis pactos com demônios... E pagará indeclinavelmente um por um - enquanto objeto filosófico - a humanidade pelos seus desmandos, passo a passo. Quem (sobre)viver, verá...
Se aprovar meu comentário, Milton, digo o seguinte: Achava que o pintor daquele são Francisco era Giotto, mas com certeza vc tem fontes melhores que eu e capuchinho aos avessos não estou mais tão bem informado. Minha formação é franciscana e minha admiração é pelas virtudes conhecidas do santo. São Francisco somente teve a regra da ordem aprovada porque o bispo D. Guido deu uma amenizada, pois não queria nem conventos, mas cabanas para seus frades. Nada possuir, a não ser ferramentas para o trabalho. Depois de beijar os leprosos, que tanto asco lhe vinha, é que se converte ao evangelho de forma completa - relata em sua Vida e Regra. É visceralmente contrário a ser elevado às honras do altar, mas, falecendo, a Igreja o guinda a isso e a ordem passa pelas mãos do frei Elias a ter conventos e ser como outra ordens; pois temia-se que, o movimento franciscano escapasse do controle da Igreja, já que fora de origem pacífica, não-violenta, ao contrário dos Valdenses e outros que apareceram na Europa e na miséria da idade média em que as abadias dominavam sobre os montes os vilões, como bem mostra Umberto Ecco em O nome da rosa. Francisco também desmistifica a farsa das cruzadas, para exportar miseráveis para o oriente e matar pessoas em troca de seus bens, a questão não é libertar lugares santos, mas se apoderar da riqueza dos árabes - como hoje ainda. Por último, na ermida São Damião, fala com o crucifixo e resolve restaurar a "minha igreja", não a de São Damião, mas a farra de homens que põe batinas e hábitos para usufruir dos bens; assim, leva uma vassoura e varre todas as igrejas por onde passa, naquele tempo havia muito pó. É considerado um reformador, como Jesus fora do judaísmo e por muitos é o segundo Cristo. O concílio de Trento aprofunda nas questões da crise da instituição Igreja e entre acertos e erros bem estudados chega a disciplina do celibato e ao estudo para os clérigos; todavia, Francisco já era respeitado até pelos então protestantes. A vida de Francisco, para fins de estudo, são tomados de dois livros católicos, Tomaz de Celano e de um outro autor protestante, donde esses compêndios intermedeiam e compõe uma crítica do que realmente foi Francisco como homem, santo e personagem. Sem dúvida, Milton, um santo e de segura inspiração para a santidade. Considero-o meu pai Francisco e pouco dos que me vejam hão de se admirar disso, pois em nada lhe pareço. Grato, Martins pelas postagens. Seu blog é impecável, colorido, bonito, de um verde refrescante e textos para se ir revendo e aprendendo.
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